Psicomotricidade

A função cognitiva tem inicio, primeiramente, na relação direta entre a criança e o meio em que vive.
Nessa perspectiva elas experimentam primeiro com o corpo, para posteriormente, realizar com os objetos as ações e as imagens captadas no ambiente.
Diante desse pressuposto, as crianças com algum déficit de desempenho motor ou cognitivo são beneficiadas por uma intervenção psicomotora por ser esta, favorecedora de experiências e vivências corporais que posteriormente serão integradas ao cognitivo.

Algumas crianças, pelos mais variados motivos, não conseguem desenvolver uma coordenação dinâmica global durante seus movimentos, realizando-os de uma maneira inadequada ou imatura e isso poderá refletir no seu desempenho cognitivo e acadêmico.
Alguns autores como Costallat (1981) e Picq & Vayer (1985), relatam a psicomotricidade como uma unidade de educação motora que atua também nas funções intelectuais do individuo, ajudando também a melhorar o comportamento da criança.

 

Desenvolvimento Motor

Os exercícios psicomotores devem ser realizados de forma prazerosa e divertida, onde o desafio verbal tende a instigar à exploração e resolução de problemas, estimulando o desenvolvimento da linguagem, pensamento e planejamento prévio. Assim, a criança durante a brincadeira irá conquistar maturidade psicomotora e conseguirá através desse processo, um melhor desempenho das suas funções cognitivas.
Podemos observar que o desenvolvimento motor, intelectual e afetivo está intimamente ligado na criança durante todo seu processo de amadurecimento neuropsicomotor.

As perspectivas evolutivas esperadas para as crianças dos dois aos sete anos de idade, não devem ser encaradas como normas rígidas e nem como padrões, elas apenas servem como parâmetros para avaliação e orientação.

 

Os principais objetivos da psicomotricidade de acordo com Capon (1987) e Picq & Vayer (1985) são:

• A consciência do próprio corpo;
• O domínio do equilíbrio;
• O controle e a eficácia das coordenações motoras;
• A melhora da capacidade respiratória;
• A organização do esquema corporal;
• A orientação espacial;
• Socialização;
• Desenvolvimento da atenção;
• Controle da impulsividade motora;
• Favorecimento das aprendizagens escolares, através do domínio corporal;

As crianças são avaliadas na Terapia Ocupacional com base em estudos de vários autores, entre eles Gesell (1998), Lefèvre (1970), Piaget (1992) e Wallon (1992).

 

Os atendimentos são individuais e os exercícios são desenvolvidos diante das necessidades apresentadas pela criança no momento da avaliação, proporcionando a aquisição ou minimização dos déficits motores, assim como na colaboração do processo de aprendizagem cognitivo.